quinta-feira, 29 de outubro de 2009

cine



d.C., embora com marcadas diferenças em relação às atuais abóboras ou da famosa frase "Gostosuras ou travessuras", exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração. Originalmente, o halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de outubro e 2 de novembro e marcava o fim do verão (samhain significa literalmente "fim do verão" ).

A celebração do Halloween tem duas origens que no transcurso da História foram se misturando:

Origem Pagã

A origem pagã tem a ver com a celebração celta chamada Samhain, que tinha como objetivo dar culto aos mortos. A invasão das Ilhas Britânicas pelos Romanos (46 A.C.) acabou mesclando a cultura latina com a celta, sendo que esta última acabou minguando com o tempo. Em fins do século II, com a evangelização desses territórios, a religião dos Celtas, chamada druidismo, já tinha desaparecido na maioria das comunidades. Pouco sabemos sobre a religião dos druidas, pois não se escreveu nada sobre ela: tudo era transmitido oralmente de geração para geração. Sabe-se que as festividades do Samhain eram celebradas muito possivelmente entre os dias 5 e 7 de novembro (a meio caminho entre o equinócio de verão e o solstício de inverno). Eram precedidas por uma série de festejos que duravam uma semana, e davam início ao ano novo celta. A “festa dos mortos” era uma das suas datas mais importantes, pois celebrava o que para nós seriam “o céu e a terra” (conceitos que só chegaram com o cristianismo). Para os celtas, o lugar dos mortos era um lugar de felicidade perfeita, onde não haveria fome nem dor. A festa era celebrava com ritos presididos pelos sacerdotes druidas, que atuavam como “médiuns” entre as pessoas e os seus antepassados. Dizia-se também que os espíritos dos mortos voltavam nessa data para visitar seus antigos lares e guiar os seus familiares rumo ao outro mundo.

Origem Católica

Desde o século IV a Igreja da Síria consagrava um dia para festejar “Todos os Mártires”. Três séculos mais tarde o Papa Bonifácio IV († 615) transformou um templo romano dedicado a todos os deuses (panteão) num templo cristão e o dedicou a “Todos os Santos”, a todos os que nos precederam na fé. A festa em honra de Todos os Santos, inicialmente era celebrada no dia 13 de maio, mas o Papa Gregório III(† 741) mudou a data para 1º de novembro, que era o dia da dedicação da capela de Todos os Santos na Basílica de São Pedro, em Roma. Mais tarde, no ano de 840, o Papa Gregório IV ordenou que a festa de Todos os Santos fosse celebrada universalmente. Como festa grande, esta também ganhou a sua celebração vespertina ou vigília, que prepara a festa no dia anterior (31 de outubro). Na tradução para o inglês, essa vigília era chamada All Hallow’s Eve (Vigília de Todos os Santos), passando depois pelas formas All Hallowed Eve e “All Hallow Een” até chegar à palavra atual “Halloween”.
[editar] Etimologia

Posto que, entre o pôr-do-sol do dia 31 de outubro e 1° de novembro, ocorria a noite sagrada (hallow evening, em inglês), acredita-se que assim se deu origem ao nome actual da festa: Hallow Evening -> Hallowe'en -> Halloween. Rapidamente se conclui que o termo "Dia das bruxas" não é utilizado pelos povos de língua inglesa, sendo essa uma designação apenas dos povos de língua (oficial) portuguesa.

Outra hipótese é que a Igreja Católica tenha tentado eliminar a festa pagã do Samhain instituindo restrições na véspera do Dia de Todos os Santos. Este dia seria conhecido nos países de língua inglesa como All Hallows' Eve.

A relação da comemoração desta data com as bruxas propriamente ditas teria começado na Idade Média no seguimento das perseguições incitadas por líderes políticos e religiosos, sendo conduzidos julgamentos pela Inquisição, com o intuito de condenar os homens ou mulheres que fossem considerados curandeiros e/ou pagãos. Todos os que fossem alvo de tal suspeita eram designados por bruxos ou bruxas, com elevado sentido negativo e pejorativo, devendo ser julgados pelo tribunal do Santo Ofício e, na maioria das vezes, queimados na fogueira nos designados autos-de-fé.

Essa designação se perpetuou e a comemoração do halloween, levada até aos Estados Unidos pelos emigrantes irlandeses (povo de etnia e cultura celta) no século XIX, ficou assim conhecida como "dia das bruxas", uma lenda histórica.

BIANCA

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Dicas de Comportamento na Internet

Texto estraido do site DiviNet Provedor de Acesso Internet

Nunca se esqueça de que há pessoas do outro lado da linha.

Sendo toda sua interação com a rede realizada através de um equipamento impessoal como é o computador, é fácil esquecer que existem pessoas do "lado de lá" e se expressar de forma mais livre do que você faria se estivesse frente-a-frente com elas.

Portanto, se você esta aborrecido com algo ou com alguém, reflita sobre o assunto antes de tomar uma decisão. Tente não dizer para alguém nada que você não diria pessoalmente, face-a-face, em uma sala repleta de gente.

Seja cuidadoso com o que fala para e sobre os outros

Você não é a única pessoa que se comunica na Internet; mais alguns milhões de pessoas também o fazem. Portanto, pense bem antes de enviar mensagens com informações pessoais para newsgroups, listas de discussão ou mesmo para endereços particulares.

Se o conteúdo de sua mensagem for de caráter exclusivamente pessoal e particular, considere outros meios, que não correio eletrônico, para comunicar-se com o seu interlocutor.

Sem a inflexão da voz e a linguagem corporal existentes nas comunicações face-a-face, comentários bem humorados do autor podem ser mal interpretados nas comunicações eletrônicas. Para compensar esta falta de visualização, a rede desenvolveu símbolos denominados emoticons ou smilies. Um deles é :-) e significa que a intenção do autor é bem humorada. Use-os com moderação.

Seja claro, breve e objetivo

A maioria das pessoas na Internet vai lhe conhecer somente através do que e de como você escrever. Portanto, evite erros gramaticais e certifique-se de que o conteúdo é de fácil leitura e compreensão para o seu público alvo.

Nunca use dez palavras para expressar o que pode ser dito em cinco. Lembre-se de que quanto maior for sua mensagem menos pessoas a lerão.

Quando fizer menção a uma outra mensagem faça um breve resumo para reavivar na memória do leitor a mensagem original. Para tanto, inclua na sua mensagem as partes essenciais da mensagem referenciada. Não é preciso incluir a mensagem toda!

Ao enviar mensagens para listas, esteja certo de que você leu toda a discussão antes de responder, pois pode ser que alguém já tenha dito o que você quer saber.

Use um formato adequado

A linha do subject de uma mensagem é essencial para alguém com uma caixa postal abarrotada decidir se vai ou não ler a sua mensagem. Seja claro e conciso ao expressar o assunto da mensagem, evitando títulos vagos ou incompreensíveis.

"Assinaturas" são informações que podem ser colocadas automaticamente no final de sua mensagem para ajudar os leitores a lhe localizarem. Uma assinatura com nome, telefone e fax é geralmente suficiente. Evite assinaturas longas e grafismos rebuscados que além de serem cansativos em listas, contribuem para congestionar as linhas de comunicação.

Tente fazer o seu texto em um tamanho genérico, que possa ser lido por todas as pessoas, não importando o tipo de equipamento que elas utilizem. Evite caracteres especiais e insira um máximo de 70 caracteres em cada linha.

ESCREVER USANDO SOMENTE LETRAS MAIÚSCULAS FAZ SUPOR QUE O AUTOR ESTÁ FALANDO EM VOZ ALTA OU GRITANDO. Portanto, evite!

Enderece corretamente sua mensagem

Ao responder uma mensagem, use como endereço do destinatário aquele definido no campo Reply To: da mensagem recebida.

Observe a existência de outros destinatários no campo Cc: e inclua-os também na sua mensagem.

Se a mensagem foi recebida de uma lista de discussão, o endereço de Reply normalmente é o da lista. Caso queira responder somente ao autor da mensagem, verifique seu endereço no campo From: do cabeçalho da mensagem recebida.

Ao subscrever uma lista, certifique-se de que está usando o endereço próprio para subscrição, e não o endereço da lista propriamente dita.

Evite enviar mensagens para diversas listas, a não ser que você esteja realmente certo de que é necessário. Neste caso, especifique no campo To: todos os grupos a quem a mensagem foi destinada.

Respeite direitos autorais (copyright)

Quando você envia alguma coisa pela rede, ela provavelmente é de domínio público, a não ser que você tenha os direitos autorais e especifique isto na mensagem. Cuidado ao enviar artigos, letras de músicas, resenhas de livros ou qualquer outra coisa que seja sujeita a copyright. Evite, dentro do possível, incluir esses tipos de documentos em sua correspondência.

Se você está usando argumentos para ajudá-lo em sua teoria, diga de onde eles provêm. Não utilize idéias alheias como sendo suas.

Ao copiar um programa disponível na rede, verifique se o mesmo é de domínio público ou se seu uso implica no pagamento de algum tipo de taxa, como é usual acontecer com programas shareware.

Não divulgue propaganda pela rede

A Internet cresceu em um ambiente exclusivamente não-comercial e boa parte de suas redes nucleares e satélites continua sendo mantida por órgãos governamentais. Enquanto anúncios e relatórios técnicos de produtos e serviços de interesse da comunidade acadêmica são aceitos com naturalidade, a propaganda com fins puramente comerciais, no estilo de mala direta, é usualmente repelida com veemência e punida com a expulsão do infrator.

Seja discreto e comedido ao usar recursos da rede

Antes de executar programas obtidos via rede, certifique-se de que as defesas anti-virus de seu computador estão acionadas.

Mais algumas dicas importantes:

  • O uso da rede é um privilégio, não um direito. Portanto, não abuse dele. Você é responsável pelas suas ações. Respeite as regras e procedimentos de cada sistema. Lembre-se de que o fato de "poder" fazer determinada ação, não significa que você "deve" fazê-la.
  • Inclua sempre o seu e-mail nas suas mensagens para que as pessoas possam entrar em contato com você.
  • Se você gostou de algo na rede, faça com que o autor saiba disso. Você também pode dar algumas sugestões.
  • Se por acaso você discordar de alguma coisa, discorde educadamente. Tente incluir alguma idéia que há em comum, como por ex.: "Eu concordo com isto... mas discordo de... Na minha opinião... "
  • Seja claro e breve nas suas mensagens. Detalhes demais entediam o leitor.
  • Use letras maiúsculas apenas para destacar determinado ponto, como títulos e cabeçalhos. Você pode usar ***asteriscos*** também.
  • Respeite a privacidade dos outros. Se você vai passar informações que não são suas, peça permissão primeiro. Deixe bem claro a origem da sua informação.
  • Cuidado com o que você diz a respeito das pessoas. As informações correm facilmente através da rede.
  • Jamais mande "flames", ou seja, mensagens agressivas que possam ofender alguém. Às vezes a sua "piada" ou seu sarcasmo pode ser mal interpretado. Com certeza você receberá um "flame" de volta. Uma chuva de "flames" entre duas ou mais pessoas é chamada de "flamewar". "Flamewars" são apenas um desperdício dos recursos da rede, e só aborrecem as pessoas.
Os Dez Mandamentos da Ética na Internet
  • Não use o computador para prejudicar as pessoas.
  • Não interfira no trabalho de outras pessoas.
  • Não se intrometa nos arquivos alheios.
  • Não use o computador para roubar.
  • Não use o computador para obter falsos testemunhos.
  • Não use nem copie softwares pelos quais você não pagou.
  • Não use os recursos de computadores alheios sem pedir permissão.
  • Não se apropie de idéias que não são suas.
  • Pense nas consequências sociais causadas pelo que você escreve.
  • Use o computador de modo que demonstre consideração e respeito.


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bianca

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crítica consagrada
Por Miguel de Almeida

Sábato Magaldi lança novo livro, recebe prêmio por sua obra e se afirma como o mais importante crítico e historiador, em atuação, do moderno teatro brasileiro

Sábato Magaldi é um cara de sorte. Em Paris, no início da década de 1950, bolsista da Sorbonne, assistiu à estréia de Esperando Godot, de Samuel Beckett. Nesse período, viu ainda outras montagens que hoje fazem parte da história: o Teatro de Ação Popular de Jean Villar e as primeiras peças de Eugène Ionesco.
Sábato Antônio Magaldi tem sorte. Mas também possui um raro faro, um tipo de intuição que o coloca no lugar certo. Sempre ao lado da História. E que ele não desperdiça. Foi um dos primeiros críticos a assistir a Esperando Godot. Isso não seria nada - só uma baita coincidência, ou apenas sorte - se acaso não tivesse escrito uma crítica para o Diário Carioca reconhecendo se tratar de uma verdadeira obra-prima, dessas que se tornam referência, sinônimo e até adjetivo no cotidiano popular. Estava na platéia, percebeu a profundidade das questões catárticas colocadas pelo jovem irlandês Beckett - aquele que fora secretário particular de James Joyce e que não quisera casar com uma de suas filhas - e logo tratou de marcar posição ao dizer que acabara de presenciar o nascimento de um ponto focal na literatura dramática mundial.
Sábato tem sorte, e sabe fazer uso dela. Sabe que ela também precisa de ajuda, de trabalho, de suor. Foi assim, anos depois, ao pedir para ler antes da estréia o texto de Eles Não Usam Black-Tie, de Gianfrancesco Guarnieri, então um desconhecido. Leu, suou frio de prazer e escreveu no mítico Suplemento Literário de O Estado de S. Paulo: é uma obra-prima do teatro brasileiro, será um marco. De nada adianta estar no lugar certo, no momento certo, e chutar a bola para fora. À semelhança das metáforas futebolísticas - esporte que ele adora -, Sábato é um centroavante do tipo matador: de novo percebeu se tratar de uma rara maravilha produzida por autor brasileiro tão jovem.
Dito assim, tantos anos depois, parece coisa fácil. Não é não. Apenas quem possui a responsabilidade intelectual de estar sempre antenado, pronto para emitir uma opinião, ali na hora, no exato segundo em que se dá o evento, sabe a dificuldade do acerto. Não basta captar a grandiosidade do texto, a revolução proposta (neste caso) pelo autor, as inquietações introduzidas em marcas digitais: é necessário escrever em linguagem acessível, substantiva, com estilo, porque do outro lado haverá o leitor ansioso para traduzir os sinais recebidos. Ao escrever que se trata de um excelente texto, não estava somente produzindo um elogio, porém auxiliando a sensibilidade artística e política do país a avançar vários passos. Usando de suas poucas armas, a palavra, a lógica e o verbo, Sábato também fazia história, porque muitos críticos não perceberam em seu tempo o valor de certas obras, tratando assim de adiar um pouco a melhoria do tempo dos homens.

O teatro de São Paulo

O crítico, professor e historiador de teatro, um reconhecido boa-praça por sua centena de amigos exigentes, que irá receber em julho o Prêmio Multicultural Estadão, no Sesc Pompéia (veja programação no Em Cartaz), se encontra agora refestelado na poltrona de seu apartamento diante da paulistana praça Buenos Aires, em Higienópolis. É o quinto dia da Era do Apagão - e Sábato, de calça azul-escura e camisa branca, está falando de seu novo livro, Cem Anos de Teatro em São Paulo (Editora Senac, 454 págs.), escrito em parceria com a pesquisadora Maria Thereza Vargas. Inicialmente o texto nasceu como matérias especiais publicadas nas edições comemorativas do centenário do jornal O Estado de S. Paulo, em 1974. "Nós ampliamos certas coisas. No jornal saíram quatro números e nós tivemos que espremer as coisas", conta. Cobrindo os palcos paulistas de 1875 a 1974, o livro registra como a arte teatral chegou na mais rica cidade do país vinda de barco, trem e ônibus de outros centros culturais importantes como Paris, Lisboa e Rio de Janeiro. Com menos de 30 mil habitantes, São Paulo era somente uma promessa de progresso. No início do ano de 1875, a cidade possuía apenas um teatro. Nesse 1875, o destaque ficou com a Companhia Lírica Dramática Espanhola de Zarzuelas. Dois anos depois, a polícia estabelece sua parceria com a criação artística e proíbe A Cabana do Pai Tomás (!), sob o argumento de o texto "ferir a escravatura, uma instituição legal". O teatro já então era um foco de discussão e contestação ao establishment, vocalizando as demandas da sociedade. As discussões políticas, a busca pelo texto, pela representação e pela encenação brasileiras permeiam as muitas páginas de Cem Anos de Teatro em São Paulo. Inclusive o exercício da crítica é motivo de observação no livro. Um texto não assinado surgiu no Estadão de 25 de março de 1895, a pretexto de estar realizando um balanço do teatro brasileiro da época: "Os atores em geral não têm a mais vaga noção do que seja a arte de representar, não sabem falar, não sabem vestir-se, não conhecem a história, nem os costumes, nem a língua, nem nada. São, com louváveis exceções, indivíduos a quem o ofício de sapateiro ou o cargo de agente de polícia rendia pouco e que se dedicaram ao teatro para ganhar mais". Pode até ser verdade, mas essa mesma crítica também não compreendera a sofisticação de Casa de Bonecas, de Ibsen, classificando-a de "irregular" e "superficial".
Ao se aposentar em 1988 (só naquele ano ele escreveu sobre 152 espetáculos), depois de 38 anos de crítica teatral, a maior parte dela exercida nos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, Sábato Magaldi deixou uma fortuna crítica rara entre os intelectuais brasileiros. Sendo sempre exigente com as montagens, nunca ficando em cima do muro, mostrando às vezes como o diretor não soube aproveitar as oportunidades dramáticas oferecidas pelo autor, ou mesmo desmontando interpretações sem pé ou cabeça, o mineiro Sábato deixou o ofício diário da crítica reconhecido como uma instituição. Ele que fora catapultado ao teatro pelos textos de Ibsen, que escrevera uma peça no final da adolescência (Os Solitários, entregue para leitura ao amigo e poeta Paulo Mendes Campos: "Para gáudio da literatura dramática brasileira ele a perdeu") e que emprestara dinheiro para a produção de uma peça de seu compadre e escritor Lúcio Cardoso ("foi um fracasso total") - pois Sábato, eleito em 1995 para a Academia Brasileira de Letras, passou pela afirmação do teatro mundial e brasileiro e por todos os fortes embates ideológicos do século 20 sendo sempre um pirandeliano. "Eu acredito mais na relatividade das coisas. Eu não me identifico de jeito nenhum com a idéia de que a minha opinião é infalível."

Os companheiros mineiros
Companheiro de geração de escritores como Autran Dourado ("formou-se advogado na minha turma de 1949, no Rio"), Fernando Sabino, Otto Lara Resende, Hélio Pelegrino, entre vários outros, autor do clássico Panorama do Teatro Brasileiro, Sábato, sempre com sua escrita elegante, lutou bastante para se considerar o teatro uma arte autônoma e não apenas um ramo da literatura. "Isso eu acho correto do ponto de vista estético. Agora, de qualquer maneira, um texto preexiste. Acontece uma encenação e ele continua depois. A encenação acaba e ela só existe na memória da gente. Porque qualquer meio que procure fixar um espetáculo é completamente deficiente. Qualquer vídeo que você faça sobre um espetáculo teatral é uma porcaria. O melhor deles não presta. O importante é a memória que você grava do espetáculo. Mas o texto está lá. Então, escrever antes é lidar com um material que é literário. Aí você tem de usar um pouco o critério que é de crítica literária e um pouco a capacidade de ver se aquilo vai funcionar no palco. Se aquilo é teatro. Eu acho que você tem de ter uma certa intuição e uma certa experiência para poder julgar isso. Eu confesso a você que eu leio e raramente me engano. Às vezes, você tem uma surpresa porque você achava que a coisa iria funcionar muito e depois não funciona no palco, mas em geral, depois de muita experiência, você acaba tendo uma idéia. Eu não tinha a menor dúvida de achar que alguns textos seriam encenações importantes. Foi assim com peças de Ariano Suassuna, de Dias Gomes e tantos outros."
Ao ler o texto antes de assistir à montagem, Sábato não apenas deu ao autor sua condição de escritor pleno, como passou a contar com instrumentos mais apurados para avaliar a qualidade da encenação, do trabalho do diretor e dos atores. Seu gesto ajudou-o na tarefa de detectar a importância de cada dedo envolvido numa produção teatral, além de colocar sua experiência de leitor voraz e pesquisador idem cotejando a imaginação do diretor. Tal procedimento fez com que percebesse a importância definitiva de autores como Beckett, Ionesco, Guarnieri e Nelson Rodrigues. Corajoso, em pleno regime militar, não conseguiu ficar quieto quando a censura na década de 1970 proibiu Abajur Lilás, de Plínio Marcos, e escreveu um artigo pedindo a liberação da peça. Ele era secretário municipal de Cultura da cidade de São Paulo, professor da Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo e já então uma instituição intelectual: "Eu acho que qualquer pessoa que leu o que eu escrevi na ocasião entendeu o que eu dizia. No fundo, o Plínio tinha usado na peça as diferentes posturas da sociedade em relação ao poder. Ao mesmo tempo tendo o cuidado de não dar arma para a censura".

Novos livros no prelo
A essa altura da conversa, se fez necessário literalmente acender um abajur na sala do apartamento. Todos aqueles nomes haviam invadido o ambiente decorado com belos móveis e muitos quadros na parede, além das peças em miniatura feitas pela escritora Edla Van Steen, mulher do professor. Aquelas lembranças e histórias consumiram parte da tarde, entrecortada pelo humor sutil de Sábato (um exemplo: "Você passa a ser um bom crítico assim que deixa de ser crítico atuante") e por sua narrativa recheada de detalhes, datas e nomes ("as pessoas às vezes me dizem que tenho uma excelente memória. É que na verdade eu anoto tudo nos meus cadernos").
Aos 74 anos, Sábato pode ter se aposentado da crítica jornalística, porém continua produzindo com vigor. Termina no momento Depois do Espetáculo (nome sugerido por Edla), uma reunião de alguns textos publicados na imprensa, mais conferências realizadas mundo afora. Em seguida, irá dar forma final à sua tese de doutorado, defendida em 1972, sobre o teatro de Oswald de Andrade. Continuará como sempre auxiliando a apurar a sensibilidade dos brasileiros.

Miguel de Almeida é jornalista

sábado, 10 de outubro de 2009

Curumim
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Nota: Para outros significados de Curumim, ver Curumim (desambiguação).
Curumim é uma palavra de origem tupi, e designa, de modo geral, as crianças indígenas.
Possui, como variantes, as seguintes formas: colomim, culumim, colomi, curumi e culumi, sendo a forma usual, no português falado no Brasil, a de Curumim, como sinônimo para criança.
Na região Amazônica o termo também serve para designar a vara de pesca apropriada para a captura do pirarucu - um peixe de grandes dimensões, típico da bacia hidrográfica do norte brasileiro.
Curumim também é o nome de um parque na cidade de Ceres Goiás.
[editar] Curumins nas artes
As Aventuras de Tibicuera - é um livro infantil do escritor brasileiro Érico Veríssimo que relata a vida de um menino índio que, por conta de uma poção mágica, mantém-se eternamente jovem e relata a vida de alguém que assiste à História do Brasil ao longo dos séculos.
Jorge Ben Jor compôs a música "Curumim chama Cunhatã que eu vou contar (Todo dia era dia de índio)" em homenagem aos índios.
O termo curumim é citado na letra de uma canção de Baby do Brasil, em homenagem aos índios.
Mauricio de Sousa, autor de banda desenhada, possui toda uma séria de personagens que retratam os curumins - a turma do Papa-Capim.
Curumin é o pseudônimo de Luciano Nakata Albuquerque, um músico paulista com Quannum Records (América) e ybmusic (o Brasil). Toca um tipo de samba-funk, incorporando elementos do hip-hop, jazz, pop, rock and roll, e da bossa nova.




Salto alto: amigo da beleza, inimigo do corpo Andar em cima do salto o dia todo deixa o corpo mais esguio, o andar mais elegante e a roupa com um caimento perfeito. Apesar das grandes vantagens que leva em relação ao seu irmão mais baixo quando o assunto é aparência, o salto alto, quando usado em demasia, pode causar prejuízos à saúde. Dores na coluna, problemas no joelho e até encurtamento dos músculos da panturrilha são algumas das conseqüências do uso excessivo deste acessório. Por isso, é bom repensar e descer do salto de vez em quando. Mas não é preciso radicalizar e jogar fora todos os pares de sapato que tenham saltos com mais de quatro centímetros. A recomendação dos ortopedistas é que se faça um rodízio entre as estaturas da sua sola.O ideal é alternar saltos médios com outros baixos e, de vez em quando, incluir os altos na sua rotina. O que não pode é deixar que seus pés se acostumem a um tipo específico de salto. Se fizer isso, você sentirá dor a cada mudança na altura do salto.Cuidado redobrado com o salto finoSe você pensar um pouquinho na sua saúde, certamente deixará os sapatos de salto fino em algum canto do guarda-roupa, esperando por uma ocasião especial que mereça seu uso.É que o chamado salto agulha é o que mais problemas pode trazer à sua saúde, e o principal responsável pelo já citado encurtamento dos músculos da panturrilha.O que acontece é que, por levar o calcanhar às alturas, deixando-o apoiado apenas por uma superfície pequena e fina, o sapato com salto fino faz com que o peso do corpo fique todo concentrado na parte da frente do pé, causando desconforto, dor e problemas nas costas.Prefira saltos grossos e plataformas.Se o uso do salto alto é imprescindível no seu dia-a-dia, prefira aqueles grossos, que dão maior sustentação e equilíbrio, e não forçam demais determinadas áreas do corpo, o que acaba por evitar desconfortos físicos.As plataformas também são indicadas para quem não abre mão de uns centímetros a mais: por terem o salto alto por toda a extensão da sola, o sapato tipo plataforma consegue fazer uma melhor distribuição do peso do corpo.Cuidados essenciaisPara prevenir dores nas costas, problemas de circulação e até o encurtamento do músculo da batata da perna, acostume-se a alongar a parte inferior da perna.Alguns minutos por dia de alongamento desta região são suficientes para que você compense a permanência nas alturas durante o dia.Experimente, ao tirar o salto alto, alongar a perna. É simples, fácil e rápido. Aqueles alongamento típicos das aulas de educação física e das academia são perfeitos. Caso não conheça nenhum tipo de alongamento, informe-se com um especialista. E continue cuidando muito bem dos seus pés e pernas, afinal, você precisa dessa sustentação!
BIANCA

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

POODLE


  • Existem três tipos de poodle, classificados de acordo com o tamanho: Gigante (de 45 a 60 cm de altura da cernelha*), Médio (35 a 45 cm), Miniatura (27 a 35 cm da cernelha) e o Toy (menos de 27 cm da cernelha)

  • As cores mais comuns desta raça são: preta, branca, marrom e cinza

  • Possuem pêlos encaracolados, crespos e macios

  • A cor dos olhos dos poodles pode ser preta, âmbar escuro ou marrom

  • O focinho do poodle tem o formato retangular

COMPORTAMENTO E TEMPERAMENTO:

  • Os poodles são bem brincalhões e inteligentes

  • Possuem agilidade nas atividades físicas

  • Adaptam-se muito bem em ambientes pequenos como, por exemplo, apartamentos

  • Não necessitam de grande quantidade de atividade física

  • São carinhosos com o dono e pessoas conhecidas

  • Possuem o instinto de caça, podendo perseguir roedores, pássaros e outros animais de porte pequeno.

  • Gostam e necessitam muito de companhia, principalmente do dono

  • São extramente criativos em suas atitudes.

* cernelha: ponto mais alto do ombro do cachorro, antes do pescoço. A altura dos cães é medida da cernelha até o chão.


BIANCA


quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Plural de carbone: carbones
Classe gramatical de carbone: Substantivo masculino
Separação das sílabas de carbone: car-bo-ne

Possui 7 letras
Possui as vogais: a e o
Possui as consoantes: b c n r
Carbone escrita ao contrário: enobrac
Na numerologia carbone é o número 4

Rimas com carbone

  • grafofone
  • microfone
  • alcíone
  • teatrofone
  • telefone
  • octostêmone
  • canelone
  • axone
  • paquistêmone
  • herodione
  • ozone
  • clariofone
  • podostêmone
  • topofone
  • formenofone
  • bianca
  • e
  • jean lucas

No prefácio ao livro Formação Histórica do Brasil, Sodré afirma que a motivação para o estudo das raízes da nossa história era a compreensão do momento presente. Buscar no passado histórico os elementos que lançassem luz sobre os dilemas contemporâneos, uma vez que a sua sombra se projetava ainda sobre o presente. Ao lado desta motivação primordial, Sodré, afinado com a moderna historiografia, considerava que a vivência dos problemas da sociedade brasileira da sua época levaria a reavaliar e aprofundar a compreensão do passado. “Não pode surpreender”, afirma, “que uma fase de profundas alterações encontre reflexos em todos os domínios, e que demande, inclusive, uma revisão histórica”.[1] Parte expressiva da sua obra historiográfica girou em torno desses dois eixos.

Os anos 50-60 - período no qual uma parte significativa da extensa obra do historiador foi elaborada - testemunharam a ocorrência de inúmeras transformações que afetaram o destino dos povos do chamado mundo subdesenvolvido: por um lado, o avanço das lutas de libertação nacional na Ásia e na África acelerou o processo de descolonização e de afirmação nacional; por outro, a adoção de uma agenda econômica desenvolvimentista especialmente na América Latina exigiu a elaboração de reflexões criativas que enriqueceram a teoria econômica como um todo.

Segundo Gershenkron, autor de um livro clássico sobre o “atraso” econômico, os países que chegaram mais tarde “corrida” industrialista tiveram que despender um esforço ideológico de grande envergadura para enfrentar a tensão existente entre o estado real das atividades econômicas e os obstáculos que se interpunham ao desenvolvimento industrial. Não deve, portanto, surpreender-nos o fato de que a industrialização apoiou-se firmemente sobre as ideologias nacionalistas do século XIX, ou sobre as ideologias socialistas, no século XX.[2] Para a Inglaterra, berço da Revolução Industrial, as mudanças tecnológicas e na organização do trabalho aconteceram sem que fosse preciso para estimulá-la uma ideologia enaltecendo os predicados da industrialização vis a vis a atividade agrícola e pastoril. E as vantagens de um sistema sobre o outro, em se tratando do comércio internacional, se afirmaram na prática. Também não foi preciso lutar contra a noção estabelecida de que o homem comum do povo não possuía as qualidades indispensáveis de adaptação e de habilidade técnica para operar a transformação que se anunciava. Nos países onde a industrialização ocorreu por imitação e emulação inglesa, como por exemplo, a França da segunda metade do século XIX, a situação era diversa e coube aos saintsimonianos preparar ideologicamente o caminho para a mudança, louvando as vantagens da indústria para a grandeza da pátria e o engrandecimento dos franceses.

Para o mundo subdesenvolvido, a situação era ainda mais complicada devido à persistência da atmosfera mental produzida pela situação colonial de subordinação. Sujeito, também, pela sua formação, a estas injunções históricas, o Brasil não constituiu uma exceção; com efeito, logo após a Segunda Guerra Mundial, a intensificação da industrialização que já se iniciara precisou do respaldo de uma forte sustentação ideológica para superar as dificuldades da situação. Setores do empresariado e das Forças Armadas, mas também, do movimento operário e do Partido Comunista apoiaram, em diversos momentos, o enorme esforço necessário a completar a industrialização retardatária e este apoio estava associado ao desenvolvimento de uma ideologia nacional-desenvolvimentista. O desenvolvimentismo consistia no “projeto de superação do subdesenvolvimento através da industrialização integral, por meio de planejamento e decidido apoio estatal.”[3] A ideologia nacionalista reforçava a tendência desenvolvimentista insistindo na presença do Estado nos setores considerados estratégicos, como, entre outros, a mineração, energia, transportes, telecomunicações. A alternativa às inversões estatais era o recurso ao capital estrangeiro, visto, porém, com desconfiança pelos nacionalistas. Numa vertente nacionalista mais radical encontravam-se os socialistas lutando em duas frentes: de um lado, contra as forças internas contrárias à industrialização ampla, de outro, se esmerando em evitar, por considerá-la nefasta do ponto de vista econômico e atentatória à soberania do país do ponto de vista político, a sua completa integração à órbita norte-americana. Esta era, em poucas palavras, a base do programa de luta anti-feudal e anti-imperialista[4] do Partido Comunista do Brasil, que reunia em torno desses objetivos, além dos seus militantes, muitos simpatizantes apartidários do socialismo.

O Instituto Superior de Estudos Brasileiros, organismo de pesquisa e difusão cultural, foi uma arena da luta ideológica que se travava em prol da industrialização. Durante a primeira parte da sua existência, aquela que coincidiu com o período do governo Kubitschek, a corrente nacionalista-desenvolvimentista foi predominante. No período seguinte, de 1961-64, surgiu a crítica ao nacional-desenvolvimentismo e uma crescente politização a favor das reformas de base e da legalidade democrática.[5] Seus membros produziram obras de reflexão sobre a consciência nacional, a herança colonial e o futuro projetado do país. Nelson Werneck Sodré foi um membro importante do ISEB desde sua fundação, mas certamente esteve mais identificado com a instituição na sua segunda fase. Oficial reformado do Exército, e membro do PCB, Sodré era um representante da corrente socialista dentro das forças armadas, tendo iniciado sua militância no período imediatamente posterior à segunda guerra mundial, destacando-se imediatamente:

“Do ponto de vista de militância intelectual, a figura mais ativa já era, talvez, a do socialista major Nelson Werneck Sodré. Com seu tom sempre menos inflamado que o de seus colegas socialistas, com seu estilo professoral, persistia na argumentação de que a industrialização correspondia ao processo histórico fundamental de reestruturação da economia neocolonial brasileira.” [6]

Tendo como horizonte e objetivo de longo prazo a instalação de uma sociedade socialista, Sodré discutiu, nas suas obras históricas publicadas quando no ISEB, o significado do processo de industrialização no seu conjunto, combatendo os argumentos negativos produzidos pela ideologia do colonialismo que difundiam a descrença no país e nos homens que o habitavam e propalavam a sua incapacidade para produzir e conviver com formas avançadas de organização social e econômica.

Mesmo obras de Nelson Werneck Sodré dedicadas à análise da economia da época moderna - pelos temas abordados, pela problemática sugerida, e pelas conclusões propostas - podem ser lidas como uma contribuição não só ao aprofundamento dos conhecimentos sobre a época colonial, mas também como uma contribuição ao debate coevo. Ao abordar aspectos da história econômica em livros escritos no período do ISEB, Sodré buscou tratar de temas que serviam para enfatizar os aspectos que na ótica do programa anti-feudal e anti-imperialista que defendia se erigiam em argumentos falaciosos contra a industrialização ou em formas de pensar que eram sobrevivências da situação colonial vivida pelo Brasil, constituindo propriamente uma parte importante da chamada herança colonial.

A análise de Sodré sobre a economia da Época Moderna sublinha o papel do capital mercantil na Europa e no Novo Mundo, penetrando na produção e inviabilizando a pequena produção independente, mas sem a capacidade de sozinho colocar em funcionamento o modo de produção capitalista. O caso de Portugal, ao invés de fornecer argumentos para a tese do caráter capitalista da colonização, ilustra a tese inversa, ou seja, que o desenvolvimento do capital mercantil e a centralização política, que foram indispensáveis na fase de construção do império colonial, na ausência de outras circunstâncias internas favoráveis (Sodré destaca a fraqueza do artesanato e da manufatura, mas seria possível agregar a ausência de uma revolução agrária), eram aspectos insuficientes para desencadear o desenvolvimento do capitalismo.

O mercantilismo foi frouxamente aplicado a Portugal, talvez devido à ausência de um setor artesanal forte, e explica a fraqueza do mercado interno e a situação da infra-estrutura, quase inexistente. Nestas circunstâncias, o ouro retirado do Brasil servia para abastecer Portugal de gêneros alimentícios, como o trigo e de produtos industrializados que não eram fabricados internamente. O livro sobre o tratado de Methuen[7] procura discutir as condições indispensáveis à industrialização integral. A questão que o livro se esforça em responder é até que ponto o acordo econômico, entre Portugal e Inglaterra, teve o poder de alterar os destinos da economia portuguesa. A historiografia tradicional que acreditava na “precocidade” lusa responsabilizava o tratado de Methuen pelo atraso econômico, bastante evidente, no século XVIII. O tratado estaria na origem da desindustrialização de Portugal, assim como da conversão das terras de pão em terras de vinha. A evasão do ouro do Brasil em direção à Inglaterra, que desequilibrava a balança de pagamentos, também seria conseqüência do tratado. As acusações ao acordo econômico são apresentadas como motivo do declínio luso porque levaram à condição de subalternidade portuguesa no desenvolvimento comercial do mundo moderno. Sodré procura analisar cada uma das acusações e constata a ocorrência dos fatos, mas questiona o papel do tratado no seu desencadeamento.

“Afirmar que essa evasão derivou simplesmente do tratado de 1703 – que coincidiu, de fato, com a época em que se desenvolveu a produção brasileira do ouro – é desconhecer os rudimentos do moderno comercialismo. Estarão, hoje, os Estados Unidos com quase todo o ouro do mundo porque tenham firmado com os demais países tratados do tipo do que Methuen arrancou aos homens públicos portugueses do século XVIII? Há diferenças substanciais entre uma situação e outra, sem dúvida, mas a razão fundamental do atual primado norte-americano é, na essência, a mesma que firmou a posição inglesa face a Portugal, no século XVIII: a superioridade de estrutura econômica, no amplo quadro do desenvolvimento capitalista.

Com tratado ou sem tratado, a verdade é que, no século XVIII, Portugal era já uma dependência econômica inglesa.”[8]

O comércio português de importação e exportação, assim como parte do comércio de retalho era dominada por casas inglesas (somente em Lisboa eram 90). Só o comércio com os portos brasileiros era exclusivo dos portugueses. As manufaturas do reino eram limitadas e o mercado interno era suprido pela importação de produtos ingleses, na maioria. Em conclusão, a subordinação portuguesa ao desenvolvimento comercial inglês foi um episódio da expansão capitalista, que ocorreu de modo desigual nas diferentes partes do globo e não foi causada pelo tratado. Este apenas sancionou uma situação existente, no máximo acentuando-a. Transformou as práticas comerciais vigentes em acordo comercial.

O caso do “atraso” português no desenvolvimento do capitalismo, conforme analisado no livro sobre o tratado de Methuen servia como objeto de reflexão para a sociedade brasileira contemporânea do ISEB, uma vez que remetia, primeiro, para o fato de que os aspectos econômicos e sociais que não desapareceram com a independência política, precisavam ser enfrentados para que se alcançasse a industrialização integral, se revolucionasse o campo e, finalmente, a tarefa de formar um mercado interno forte e integrado se concluísse. Em outros termos, era preciso liquidar a herança colonial. Em segundo lugar, chamava a atenção para a questão da desigualdade entre os países e o papel da diplomacia, situação vivenciada pelo Brasil nos anos 1950-60. Ao afirmar que o tratado não podia ser culpado de provocar o atraso econômico português e a submissão do país à economia inglesa, Sodré levantava a questão dos constrangimentos estruturais à industrialização integral. O imperialismo americano substituíra o imperialismo de livre comércio da Grã-Bretanha[9], mas a questão dos tratados internacionais e a troca desigual que operava entre países industrializados e países ainda fortemente dependentes da exportação de produtos primários para equilibrar sua balança de pagamentos permanecia a mesma. Da ótica da sua argumentação, o problema de fundo não estava na assinatura de tratados preferenciais, mas na estrutura de produção que condenava alguns países a ocuparem um lugar subordinado no comércio internacional.

E em terceiro lugar, e talvez o aspecto mais importante, remetia para uma discussão sobre a questão do protecionismo, procurando responder à pergunta: até que ponto uma política tarifária de proteção à indústria era suficiente para promover ou intensificar a industrialização?

No Brasil, desde fins do século XIX os debates sobre a industrialização ou sobre o industrialismo, como se dizia na época ecoando as práticas mercantilistas, estiveram centrados nas políticas protecionistas que eram lembradas, sobretudo, nos momentos em que as crises econômicas atingiam as indústrias existentes. Mas a adoção de uma política tarifária como método de incentivo industrial era bastante controvertida ainda nas primeiras décadas republicanas, até a década de 1930 pelo menos. Cada tentativa de reforma desencadeava acalorados debates, dada a impossibilidade de conciliar tantos interesses antagônicos. Como resultado, o sistema tarifário brasileiro não tinha caráter definido – não era liberal, nem protecionista, fora elaborado com finalidades fiscais, para cobrir déficits do Tesouro, oscilando durante todo o período entre políticas protecionistas e livre-cambistas. Compreende-se que o interesse fiscal preponderasse, uma vez que a arrecadação aduaneira representava mais da metade da receita geral.

Para Nícia Vilela Luz,[10] os primeiros ensaios de industrialização foram frustrados pela política fiscal do Império, que correspondia, grosso modo, aos interesses da lavoura. O moderado protecionismo resultante das tarifas essencialmente fiscais não era suficiente nem para impulsionar nem mesmo sustentar as indústrias que surgiam como reflexo dos surtos de expansão do país. Além disso, o desenvolvimento dos meios de comunicação e o progresso técnico da indústria européia inibiriam ainda mais, na década de 1870, a estrutura industrial arcaica e incipiente do país.

Os primeiros nacionalistas econômicos surgiram justamente para se opor à política de não intervenção do Império no âmbito da indústria. Pleiteando o amparo governamental tinham os industrialistas em mente uma proteção baseada essencialmente na tarifa aduaneira. Suas reivindicações, na década de oitenta, encontravam ressonância nas manifestações populares contra o comércio estrangeiro e o encarecimento do custo de vida. O argumento central no pensamento nacionalista-industrialista era que a industrialização diminuiria as importações e, em conseqüência, contribuiria para produzir o equilíbrio na balança de pagamentos. Este argumento se enfraqueceu quando ficou comprovado que, num curto prazo de tempo, o problema não podia ser solucionado. Ao contrário, qualquer esforço de ampliar o parque industrial brasileiro precisava contar com um aumento temporário das importações.[11]

Do jogo de interesses conflituosos envolvendo os industriais, os cafeicultores, o Tesouro e os consumidores, resultou um sistema tarifário anárquico, na opinião de analistas como Amaro Cavalcanti e Sezerdelo Correa[12]. Com o tempo, as tarifas altas que protegiam algumas indústrias começaram a desagradar a parcelas cada vez mais importantes da opinião pública, levando-as a atribuírem à indústria nacional todos os males decorrentes, principalmente, de uma economia inflacionária e de um crônico desequilíbrio da balança de pagamentos, desequilíbrio que a indústria prometera sanar e que, no entanto, só viera agravar. [13]

Mas de todo modo, até o período desenvolvimentista, o nacionalismo econômico baseou-se principalmente na alegação de conquistar pelo fomento da produção nacional o equilíbrio da balança de pagamentos, e foi um dos fatores que pesou na industrialização do país, mesmo se nos primeiros anos da República, a necessidade de amparar e desenvolver uma classe industrial que seria o esteio do novo regime se mostrou igualmente importante. Após a crise do Encilhamento o argumento da balança de pagamentos retomou fôlego ao lado da ação de empresários particularmente aqueles com suficiente prestígio político para conseguir uma tarifa alfandegária suficientemente protecionista para as suas indústrias. Também jogou um papel a necessidade de proteger um setor da economia que contribuía com uma quantia não desprezível para o fisco e uma atividade na qual estava empregado um contingente respeitável da população urbana que, se desamparada poderia criar um grave problema social. Principalmente depois da Primeira Guerra Mundial este último aspecto pesou na balança.

Roberto Simonsen deu novo impulso ao nacionalismo econômico de cunho industrialista, ao tentar renovar o pensamento industrial brasileiro, com seu conceito de função social da indústria, cujos objetivos eram reconciliar a indústria com a população e o capital com o trabalho, mas na prática retomava as reivindicações protecionistas. [14]

As propostas de Sodré para a sociedade brasileira procuravam ir além da herança industrialista das primeiras décadas republicanas, das propostas de Simonsen e até mesmo das considerações econômicas pressupostas na ideologia desenvolvimentista da primeira fase do ISEB. Para tanto Sodré procurava colocar a questão do protecionismo para as indústrias dentro de uma perspectiva de transformação social mais ampla, frisando a insuficiência de uma política tarifária, conquanto necessária, para garantir a industrialização integral e a formação de um sólido mercado interno. Neste aspecto as considerações que teceu sobre a história do tratado de Methuen são esclarecedoras.
bianca

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BIANCA
O gato partilha com cães, ursos e outros mamíferos um ancestral comum - uma criatura pequena, semelhante à doninha, de corpo comprido e pernas curtas, chamada Miacis. Surgido dos creodontes há cerca de 50 milhões de anos e bem adaptado a uma época hostil da história do planeta, o Miacis evoluiu e prosperou, transformando-se na diversidade da moderna família de carnívoros que hoje conhecemos....

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Lindas flores do Universo

Que enfeitais meu jardim

Reconheço vosso apreço

No aroma do alecrim

Trazeis vida aos canteiros

Floreais matas e campinas

Matizais prados, outeiros

Perfumando as narinas

E ao amanhecer o dia

Desabrocham novas flores

Vossas pétalas que alegria

Viçosas, com esplendores

Até o caule que vos sustenta

Tendes graça de realeza

Vosso carisma encanta

Vindes de Deus, com certeza

O sol fornece energia

A terra vos dá sustento

Vossa beleza contagia

No amor e no sofrimento

Destinos inesperados

Cercam a vossa existência

Umas, palácios dourados

Outras, no adeus à vivência

Seja qual for vosso fado

Cumpriste vossa missão

Quer no amor ou pecado

Ou no adeus à remição

BIANCA

CALOPSITA


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BIANCA
O Dia das Crianças no Brasil foi "inventado" por um político. O deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de criar um dia em homenagem às crianças na década de 1920.

Na década de 1920, o deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de
"criar" o dia das crianças. Os deputados aprovaram e o dia 12 de outubro foi
oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924.

Mas somente em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas, é que a data passou a ser comemorada. A estratégia deu certo, pois desde então o dia das Crianças é comemorado com muitos presentes!

Logo depois, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança, para aumentar as vendas. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para a promoção e fizeram ressurgir o antigo decreto.
A partir daí, o dia 12 de outubro se tornou uma data importante para o setor de brinquedos.

Em outros países

Alguns países comemoram o dia das Crianças em datas diferentes do Brasil. Na
Índia, por exemplo, a data é comemorada em 15 de novembro. Em Portugal e
Moçambique, a comemoração acontece no dia 1º de junho. Em 5 de maio, é a vez
das crianças da China e do Japão comemorarem!

Dia Universal da Criança

Muitos países comemoram o dia das Crianças em 20 de novembro, já que a ONU (Organização das Nações Unidas) reconhece esse dia como o dia Universal das Crianças, pois nessa data também é comemorada a aprovação da Declaração dos Direitos das Crianças. Entre outras coisas, esta Declaração estabelece que toda criança deve ter proteção e cuidados especiais antes e depois do nascimento.

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